Hospital de Olhos Juiz de Fora
Dr. Antônio Gabriel Ribeiro Costa | CRM 12988-MG RQE 17756
A Plástica Ocular é uma subespecialidade da oftalmologia que cuida da região periocular e frontal, no terço superior da face. Trata de problemas relacionados com as pálpebras, vias lacrimais e órbita.
Os olhos são o primeiro contato entre as pessoas, e sua aparência é moldada pelas pálpebras. Infelizmente, com o tempo, as pálpebras superiores e/ou inferiores tornam-se flácidas e inchadas, devido a bolsas de gordura proeminentes que causam um aspecto de cansaço, além de uma sensação de peso e diminuem o campo de visão.
O excesso de pele, frouxidão do músculo e bolsas de gordura das pálpebras podem ser removidas cirurgicamente. O procedimento chama-se Blefaroplastia, o qual é realizado no centro cirúrgico sob anestesia local com sedação – realizada por médico anestesista que permanece o tempo todo na sala cirúrgica –, sem a necessidade de internação nem curativos (“tampão).
É o excesso de pele e gordura nas pálpebras. A alteração é comum e causa aspecto de envelhecimento e sensação de cansaço visual, além de, em alguns casos, causar redução do campo visual superior.
A correção cirúrgica envolve a remoção do excesso de pele e também pode corrigir as bolsas de gordura nas pálpebras superiores e inferiores com finalidade estética. É feita na maioria dos casos com anestesia local e sedação e não precisa de internação. As cicatrizes ficam sutis em regiões minimamente aparentes, como no sulco da pálpebra superior e logo abaixo dos cílios, nas pálpebras inferiores.
É a queda das pálpebras superiores. Diferentemente da dermatocálase, essa é uma alteração no músculo responsável pela abertura da pálpebra, que pode ter diferentes causas (congênita, por doenças musculares ou neurológicas, por idade, por trauma etc.). Neste caso, o comprometimento visual pode ser mais grave e em crianças, deve ser corrigido o mais precocemente possível para evitar alterações no desenvolvimento da visão.
A correção cirúrgica depende da causa da ptose, da idade do paciente e da gravidade da alteração. Algumas vezes é necessário utilizar uma faixa de silicone para suspender as pálpebras.
Alteração comum relacionada à inflamação crônica das glândulas palpebrais, causada por retenção de secreção glandular. Pode se iniciar como um hordéolo (o popular terçol): alteração dolorosa com vermelhidão e edema. O calázio pode então se formar no local, após algumas semanas, como um nódulo, e precisa ser drenado cirurgicamente.
É comum o problema ser recorrente e pode ocorrer mais de um calázio simultaneamente. Em alguns casos de recidiva, pode ser necessário biópsia.
O tratamento clínico com antibióticos e compressas mornas, quando oportunos, pode prevenir a necessidade de uma cirurgia. A cirurgia é simples, com retirada geralmente sob anestesia local.
Condição em que a margem palpebral vira para fora, causando exposição do globo ocular. Ocorre por alterações relacionadas à idade (frouxidão de ligamentos, flacidez palpebral) ou por retração causada por cicatrizes ou dano solar na pele, e ainda pode ocorrer como sequela de paralisia facial. Provoca lacrimejamento, vermelhidão ocular, irritação com sensação de areia nos olhos.
A correção cirúrgica envolve firmar a pálpebra novamente na sua posição original e, em casos de retração, pode ser necessário enxertos de pele. A cirurgia pode ser realizada com anestesia local e sedação, com melhora expressiva dos sintomas oculares.
É a inversão da borda da pálpebra, ou seja, a margem da pálpebra vira para dentro e toca no globo ocular. Essa condição, na maioria das vezes, empurra os cílios contra o olho, podendo causar irritação e por vezes ceratites graves. A alteração pode começar quando o paciente fecha os olhos com força e com o tempo, a inversão pode se tornar permanente e a pálpebra só reposiciona quando puxada para fora.
Essas alterações podem ser relacionadas à idade ou por contrações espásticas (fortes e involuntárias) das pálpebras. Em outros casos, a alteração pode ocorrer nas pálpebras superiores e ser originada de sequelas de tracoma, queimaduras químicas e algumas doenças. O tratamento é cirúrgico e depende da causa.
É a alteração na direção dos cílios, que cresce voltado para o globo ocular, tocando-o e causando irritação ocular, fotofobia, lacrimejamento, sensação de areia nos olhos. Pode causar ceratite e úlcera de córnea. O tratamento pode ser feito com laser ou eletrólise (em consultório) e dependendo da quantidade cílios, pode ser cirúrgico.
São contrações fortes e involuntárias da musculatura ao redor dos olhos. Geralmente é bilateral, começa com o aumento da frequência do piscar e podem se tornar verdadeiros espasmos com o tempo, a ponto de causar até cegueira funcional (paciente não conseguir manter os olhos abertos). O diagnóstico é clínico, mas pode ser necessário exames para confirmar o diagnóstico. O tratamento é feito com aplicações de toxina botulínica (“botox”).
As pálpebras podem ser o local de aparecimento de várias lesões tumorais benignas e malignas. São lesões que aparecem insidiosamente, geralmente sem causar dor e que não melhoram quando tratadas com pomadas ou colírios.
Há vários tipos de tumor maligno: carcinoma basocelular (o mais comum), carcinoma espinocelular, carcinoma sebáceo, melanoma, além de outros que podem acometer as pálpebras como o linfoma. Para o diagnóstico definitivo é necessário biópsia e o tratamento, na maioria das vezes, é cirúrgico, com retirada da lesão e reconstrução palpebral.
É a alteração na direção dos cílios, que cresce voltado para o globo ocular, tocando-o e causando irritação ocular, fotofobia, lacrimejamento, sensação de areia nos olhos. Pode causar ceratite e úlcera de córnea. O tratamento pode ser feito com laser ou eletrólise (em consultório) e dependendo da quantidade cílios, pode ser cirúrgico.
Diferentes patologias podem causar cegueira e perda da integridade do globo ocular. Nesses casos, além da perda visual, há comprometimento estético e pode haver dor. Dependendo da sensibilidade local pode ser tentado colocar próteses por cima do globo ocular para melhorar a aparência. Porém, em casos de trauma perfurantes, tumores ou dor, é necessário fazer uma cirurgia para a retirada do conteúdo ocular e nesses casos, podem ser colocados implantes orbitais esféricos para manter o volume da cavidade.
A cirurgia necessária pode ser a evisceração, em que se remove apenas o conteúdo intraocular, mantendo intactas as estruturas externas como a esclera, músculos e nervo, ou a enucleação, em que todo o globo ocular e parte do nervo óptico são removidos da órbita. Os implantes podem ser classificados em:
A vantagem dos materiais sintéticos é que não sofrem absorção ao longo do tempo, mantendo melhor o volume da cavidade, porém, pode sofrer rejeição.
Esses implantes ficam internos e o resultado estético da cirurgia é complementado com a confecção de uma prótese que é colocada externamente e pode ser removida pelo próprio paciente quando desejar. Essas próteses são escolhidas de acordo com a cor de olho, forma e volume da cavidade de cada paciente e são confeccionadas em resina acrílica pintada e podem ser adaptadas geralmente após 5 a 6 semanas da cirurgia.