Hospital de Olhos Juiz de Fora

Córnea e Ceratocone​

A córnea é uma camada fina e transparente, junto com o epitélio (parte branca), essa camada recobre toda a frente do globo ocular, servindo como protetora externa do olho e exercendo papel fundamental na formação das imagens.

Ceratocone é uma doença não inflamatória que afeta a estrutura da córnea, deixando-a em formato de cone. É uma doença genética rara, hereditária e de evolução lenta, que se manifesta mais entre 10 e 25 anos, mas pode progredir até a quarta década de vida ou estabilizar-se com o tempo.

Ceratocone

É uma doença que acomete a córnea, característica por mudar sua estrutura, e que afeta sua resistência e elasticidade – tornando-a irregularmente mais curva e fina. O ceratocone pode atingir os dois olhos de maneira assimétrica, ou seja, afetar mais um olho que o outro.

Sua principal característica é a redução progressiva na espessura da parte central da córnea, que é empurrada para fora, formando uma saliência com o formato similar de um cone. A principal consequência do ceratocone é a diminuição da qualidade e quantidade de visão (acuidade visual).

O ceratocone é a principal causa de transplante de córnea no Brasil e progride mais em pré-adolescentes e adultos jovens.

Existem modernos tratamentos para controle da progressão do ceratocone e melhora da visão e qualidade de vida dos pacientes, como o crosslinking de colágeno e modernas lentes de contato.

A melhor maneira de prevenir dos danos causados pelo ceratocone é ter acompanhamento oftalmológico com especialista regular e banir o hábito de coçar os olhos.

Ceratite ou Úlcera da Córnea

A córnea pode ser invadida por inúmeros agentes infeciosos dentre eles: bactérias, vírus, fungos e parasitas. Essas infecções podem causar lesões na córnea, chamada de ceratite ou úlcera corneana. A ceratite bacteriana é a mais frequente, sendo em algumas situações difíceis distingui-la de outras doenças inflamatórias e infeciosas da córnea.

A córnea pode ser invadida por inúmeros agentes infeciosos dentre eles: bactérias, vírus, fungos e parasitas. Essas infecções podem causar lesões na córnea, chamada de ceratite ou úlcera corneana. A ceratite bacteriana é a mais frequente, sendo em algumas situações difíceis distingui-la de outras doenças inflamatórias e infeciosas da córnea.

Fatores de Risco para Infecção da Córnea

Úlcera corneana não infecciosa

As causas mais comuns são os traumas oculares, exposição da córnea por retração palpebral, mal posicionamento dos cílios (entrópio – os cílios voltados para dentro do olho ulcerando a córnea) e o uso indevido de lentes de contato. O uso equivocado de colírio anestésico, mesmo com todos alertas já feitos pelos oftalmologistas, também pode levar à ulceração e necrose da córnea com perda do globo ocular.

Blefarite

Blefarite é uma inflamação não contagiosa das pálpebras. É normalmente caracterizada pela produção excessiva de uma camada de óleo (excesso de remela), gerada por uma glândula encontrada na pálpebra, criando uma condição favorável para o crescimento bacteriano. Eventualmente, a blefarite poderá afetar a visão.

As pálpebras superior e inferior ficam cobertas por detritos oleosos e bactérias em torno da base dos cílios, podendo levar à perda deles. O diagnóstico é feito por meio de um exame de rotina com um oftalmologista. É uma doença comum que pode atingir pessoas de todas as idades, com predominância nas mais idosas.

Os sinais e sintomas podem ser:

Cuidados importantes

Conjuntivite

A conjuntivite é uma doença que se caracteriza pela inflamação da conjuntiva, causada por agentes tóxicos, alergias, bactérias ou vírus. A conjuntiva é a membrana transparente que recobre o globo ocular e a parte interna da pálpebra.

A conjuntivite viral é altamente contagiosa, frequente no verão, e apesar de não ser grave provoca muito incômodo e alguns cuidados devem ser tomados para que não se transforme em epidemia.

Geralmente compromete os dois olhos, não necessariamente ao mesmo tempo, sendo o contágio feito pelo contato direto com a pessoa doente ou objetos contaminados. Os principais sintomas da conjuntivite são:

A secreção da conjuntivite viral é mais esbranquiçada, em pequena quantidade e demorando aproximadamente 15 a 20 dias para desaparecer com tratamento adequado. A secreção da conjuntivite bacteriana é mais amarelada e abundante, e geralmente, demora de 5 a 7 dias para desaparecer com tratamento adequado.

Para tratar a conjuntivite bacteriana, deve-se usar colírios e antibióticos prescritos somente pelo oftalmologista. Para diminuir os sintomas e o desconforto da conjuntivite viral, pode-se utilizar soro fisiológico gelado e compressas sobre as pálpebras, limpar os olhos com frequência, ou ainda, usar colírios lubrificantes e lágrimas artificiais.

Prevenção da conjuntivite:

Síndrome do Olho Seco

Essa é uma doença crônica, caracterizada pela diminuição da produção da lágrima ou deficiência em alguns de seus componentes, ou seja, pouca quantidade e/ou má qualidade da lágrima. Este distúrbio no filme lacrimal e na superfície ocular pode produzir áreas secas sobre a conjuntiva e córnea, o que facilita o aparecimento de lesões.

Ao contrário do que se pensa, as lágrimas não são apenas gotas d’água, mas são compostas por uma combinação de substâncias que mantém a salinidade e acides da córnea, carrega anticorpos e outros agentes de defesa contra infecções oculares, e a mucina ajuda a lágrima a manter-se aderente à córnea. As lágrimas são produzidas no filme lacrimal, também composto por diversas diferentes camadas para produção de lágrimas que lubrificam e protegem a córnea.

A Síndrome do Olho Seco poder ser dividida em 2 grupos principais: Deficiência aquosa do filme lacrimal (DAFL) ou evaporação excessiva lacrimal, predominantemente associada à disfunção das glândulas de Meibomius ou deficiência de mucina. Quando não diagnosticada e corretamente tratada, pode evoluir para lesão da superfície ocular e, em alguns casos, até à perda da visão.

Sintomas:
Ardência, irritação, sensação de areia nos olhos, dificuldade para ficar em lugares com ar-condicionado ou em frente do computador, e olhos embaçados ao final do dia.

Causas:

Exposição a determinadas condições do meio ambiente (poluição, computador), trauma (queimaduras químicas), uso de alguns medicamentos, idade avançada, uso de lentes de contato, menopausa, doenças do sistema imunológico (síndrome de Sjögren, Stevens-Johnson e Penfigóide cicatricial ocular).

O diagnóstico é feito pelo oftalmologista, que deve medir a produção, a taxa de evaporação e a qualidade das lágrimas, com testes específicos. O Teste de Schirmer é o mais utilizado para o diagnóstico, que consiste na colocação de uma tira de papel de filtro de 35 x 5mm, com os primeiros 5mm dobrados no fundo de saco conjuntival inferior. Após 5 minutos, mede-se a quantidade de umedecimento da tira de papel.

O tratamento é basicamente sintomático, dividido em 5 estágios:

Pterígio

O pterígio é um espessamento vascularizado da conjuntiva de forma triangular que se estende do ângulo interno (nasal) do olho em direção à córnea. Não é infeccioso, mas pode afetar a visão. Pode ser tratado por meio convencional ou por cirurgia de remoção.

Os principais sinais e sintomas são olho vermelho e fotofobia. Ainda não se sabe exatamente as causas do pterígio, mas sabe-se que ocorre mais frequentemente quando há exposição aumentada à radiação ultravioleta e poeira.

O pterígio é um crescimento benigno, no entanto, é comum a recorrência do pterígio após a cirurgia, sobretudo em pessoas jovens. A proteção dos olhos contra a luz ultravioleta excessiva através de óculos solares apropriados, evitando condições ambientais secas e empoeiradas, e a aplicação de lágrimas artificiais são medidas que podem ser úteis para prevenir a ocorrência do pterígio.

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